Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

Poema surrealista

 

Ah, essas casinhas brancas
que saem correndo
se esquivando dos carros
apressados!
bailam no ar e caem
em cima dos telhados coloridos
e entre pernas se aninham
e no fruto cansado, às
narinas esquentam e movem
se elevam e na mente
dominam…mentem a si mesmas
e no ipê da praça
ficam apensas no ar…
pousando no além-mar.
Nem deuses …promessas
nada! apenas símbolos fálicos
que se elevam ao céu
deixando no ar estranhas fragrâncias
intrigantes… inquietas e
absurdamente ilógicas.

O Salvador de tudo não é
daqui…dali…Dalí…
Entre riscos e rabiscos
Sem eira, beira nem tribeira
absorto fiquei
Sem nada entender
Pasmo!!!

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - vol. 158 - Março de 2018