Rosemary Gobbo Duarte
Campinas / SP

 

 

De olhos semicerrados

 

Senhor meu Pai, meu Deus!
Quanta beleza nessa Tua Obra.
Quantos organismos distintos interagindo num só Meio.
Quanta Natureza a multicolorir-se por toda parte.
Quantas estrelas a luzirem no firmamento.

A todo instante parece Te revelares...
ora na inocência da criança
ora na maturidade do velho.
Na dança das marés, no murmúrio dos rios.
Na aurora que desponta, no ocaso que adormece.

Sinais indubitáveis (para alguns) de Tua presença
a nos envolver, com um amoroso manto celestial.
Obscuros ainda (para muitos)
pelo pouco alcance
da magnitude de Tuas revelações.

Por todo Universo há Manifestação Divina
a irradiar, ensinamentos sobre a Lei do Amor...
todavia, só conseguimos até aqui
alguns passos ensaiar, rumo a tal entendimento
de olhos semicerrados.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 161 - Junho de 2018