João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

 

As incertezas de um amor

 


Tu sempre me acusas que eu te faço o que não faço...
Que os meus carinhos já pertencem a outra pessoa;
E que enquanto eu recebo os teus grandes abraços
Vais percebendo também que o meu pensamento voa.

Tu inventas que contigo eu sempre brigo à toa...
E que eu vivo a me orgulhar do teu fracasso;
Mas saibas que o meu coração nunca te perdoa
Porque tu dizes que eu te faço o que eu não faço.

E mesmo já imperando o vírus da tua incerteza;
Sempre há de haver um grande gesto de grandeza
Até mesmo no simples modo de você me acusar.

Mas sempre na incerteza, aquele que mais ama
Em vez de querer excomungar, jogar na lama
Apenas ajuda a quem mesmo gosta a se afirmar.

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 179 - Janeiro de 2020