Aliomar Costa
São Paulo / SP

 

 

Indecisão do coração

 

Tive uma indecisão
dentro do meu coração,
enrtre desejo e minha razão,
fui não fui, segui outra direção.

Foi o medo e a alma fria elementar.
Em alguém me ver, sonhando te olhando.
Depois correr pra fofocar,
e ver meus segredos se desmanchando.

Sei que fui covarde,
em fazer esse gesto de desprezo.
Talvez me arrependa mais tarde,
E o meu coração fique sempre preso.

Talvez tenha que pedir clemência.
Quando bater o remorso,
pro cara tomar ciência.
Como são falsos o meus modos.

É fácil ser o que não é, ser um não.
Difícil é ser honesta,
ter gentileza compaixão,
guarde seu orgulho no caixão.
No cemitério da ilusão.

No fundo morro de dar risada,
da sua suposta vingança,
o mundo está cheio de trapaças,
e você é apenas mais uma nesta balança.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 180 - Fevereiro de 2020