Rosemary Gobbo Duarte
Campinas / SP

 

 

Cavalgada
(Uma metáfora da construção poética
)

 

Cavalgar pelas pradarias infinitas das letras.
Poder sentir nessa aventura encantada
Rica em signos linguísticos inimagináveis
O prazer de novas descobertas que nos levem
Cada vez mais longe...
No fascinante mundo literário.

Desbravar nessa cavalgada
O apaixonante mundo das idéias...
Ainda que instigante seja, embrenhar-se
(sem medo e receio de se perder)
Pelas sinuosas veredas que abrigam
Os neologismos da era moderna, no entanto
Há que se preservar nessas andanças e diligências
O espírito anacrônico de linguagens especiais.

Deixar-se envolver enfim,
Pelo sabor agradável da emoção
Ao se concluir o percurso...
Com a convicção de que essa viagem (literária)
Trouxe a oportunidade de se vislumbrar
Novos horizontes, novos conhecimentos...
Luzes que se irradiam por todos os lados
Anulando os efeitos sombrios do apedeutismo.


 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 180 - Fevereiro de 2020