Maria Eliete Vieira Faria
Santo Antônio de Pádua / RJ

Ansiedade

Não sei o que fazer para me acalmar
Se fico no escuro, ou abro a janela
Se caminho na rua até me cansar

Preciso de um chá com dois sachês de camomila, morno
Como se fosse inverno
Ou, de um cálice de vinho para afrouxar os músculos
Tirá-los da fôrma

Preciso de um amigo que me leve a sério
Me escute e abra os meus olhos
Interrompa os meus passos
Me faça rir com pilhérias

Quero o conforto de um abraço no meu corpo
Sem conter o pulsar no peito, nem lágrimas, nem sorrisos
Que me deixe sem jeito

Ansiedade

Ansiosa, ciosa de mim, de tudo
Sem medo do medo, que antes me dava medo
E agora me deixa afoita, me lança na estrada sem fim