Alyne Marianna Freitas Rosa
Belém / PA
Resiliência
Cobrindo os espelhos numa noite chuvosa
No prenúncio do próximo trovão
Que ruidosamente é abafado
Pelo rezingar de um inquieto coração
Como a noite tão depressa chegou?
Como o Sol da Lua já se despediu?
Como meus dias tão rápido passaram?
Todos, menos o dia mais esperado...
A vida inteira gasta na espera
Da noite que pode nunca chegar
Ou que, quem sabe, chegou
Mas que, despercebida, se afastou?
O ensejo não tem paciência
A precaução por ele não é admirada
O passado lhe é insignificante
E ao futuro, não deve nada
Frustações e planos, esquecidos
Que pela chuva sejam levados
E que com ele sempre caminhe
Mesmo no temporal mais gelado
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