João Riél Manuel N. V. de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

A fonte da noite

 

A fonte da noite sempre anda escura
Nas suas águas negras sem claridade
O reflexo da majestosa lua cheia e pura
Aparece buscando sempre eternidade.

A lua fugidia que por vezes se transfigura
Nas águas da fonte busca também  vaidade
Seu palor na funda água negra se apura
E sua inocência reflete somente saudade.

Lua que buscaste nas águas frias fecundas
Vida para tuas nervuras antigas e fundas
Na fonte da noite sombria e inacabada.

E o clamor que sempre vem da cheia lua
Nossos sentimentos, enaltece e acentua
Faz-nos marejar por sobre a fonte tão sonhada.

 

 

 
 
Poema publicado na "Nós & Eles "- Edição Especial - Janeiro de 2017