Antonio Laurentino Sobrinho
São Paulo / SP

 

 

Meu barquinho

 

O meu barquinho está naufragando em um mar com ondas revoltas,
Meu leme está quebrado, não tem um porto seguro pra ancorar meu
Pequeno barquinho, nenhuma esperança de volta à terra firme.
Dentro do meu barquinho não há tripulação, só há desolação.

Está deserto, estou sozinho navegando sem direção, o vento está muito
Forte, é quase impossível navegar sozinho. Socorro! Vem navegar,
Vamos navegar juntos, será mais fácil dominar estas ondas gigantes.
Dentro do barquinho não há vida, só desolação, estou me sentindo como

Uma folha boiando nesta imensidão de águas frias e sem vida.
Só me restam as ondas quase intransponíveis... como poderei navegar?
Sozinho sem minha marinheira favorita entre todas as marinheiras que já naveguei
Tu és a mais competente, não confiarei em mais nenhuma

Marinheira, hoje sou um marinheiro solitário, só tenho um barquinho,
Um leme quebrado e uma imensidão de águas frias e sem vida.
No céu as gaivotas como companheiras, com seus cânticos ensurdecedores.
Não tenhas medo! Não mais voltarei à terra firme e ficarei nesta ilha deserta sozinho

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos Mágicos de Poetas Encantados" - Julho de 2018