Alvorino Dias
Itatiba / SP

 

 

A rosa do tempo

 

A rosa do tempo estava no aroma das pétalas.
Sua volúpia evoluía
No agrado magro do cravo.
Mas o cravo estava de ágio empinado,
O cravo era aristocrata
E não dava tempo para rosa.
Nada denotava.
A rosa ficou rubra de ver.
Ela não era pura
Quando depura.
Inefática...
Foi dar tempo
Ao crisântemo.

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Só por amor" - Abril de 2018