Wagner Gomes
Caçu / GO

 

 

Olhos

 

Cachoeiras ocultas,
de dois lagos brilhantes.
Verdes suaves, castanhos claros,
negros e ardentes, pulsantes...

Ocultas e mansas,
murmurantes enlouquecidas.
Porem recatadas escondidas
nos cânions discretos
de um rosto inocente.

Desmancham-se em brilhos luminosos,
como se fossem labaredas ardentes,
de uma queimada descontrolada,
devorando os desejos em um corpo nu, aberto.

Assim são elas varrendo meu corpo
com seu brilho voluptuoso e devorante,
que consumindo meus pensamentos,
crava em meu coração humilde,
o marco definitivo de um sentimento, o amor.

E resta-me apenas um pedido,
antes que elas com suas corredeiras
afoguem meus desejos.

Que sejam calmas e suaves!!
E se elas tem o objetivo de me matar,
que mate-me de amor sincero,
e enterre-me às margens de de teu corpo
num maravilhoso sonho de amor.

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Só por amor" - Abril de 2018