Maria Ioneida de Lima Braga
Capanema / PA
E o brado continua
Pátria amada idolatrada.
Salve, Salve! Desses golpes indecentes.
Brasil! A tua brava gente.
Brasil! Um filho teu não foge à luta, nem teme a sorte.
Brasil! E o verde, e o louro e quantos?
Até se ergue a justiça, mas a bagunça é forte.
Que paz? Que futuro? E essa glória do passado quem viu?
Brasil de amor eterno ao poder, não há camisa para o inverno.
Brasil, sai desse sonho intenso.
Salve! Salve! A pátria amada desse inferno.
Brasil, no Cabo das Tormentas teu povo às margens plácidas.
Num brado retumbante a tanta desgraça.
Nas tetas do teu seio. Oh, Liberdade!
Mama a corja da trapaça.
Brasil, o penhor dessa igualdade, não conseguimos conquistar, ainda.
Não por falta de braços fortes.
E em teu seio, democracia, nosso peito.
Desafia todo dia, sim, mais que a própria morte.
Brasil! Dessa terra mais garrida, só o céu que continua risonho e límpido.
Pois, dos filhos desse solo mudastes o compêndio.
És Mãe gentil, apenas da súcia que se deita em berço esplêndido.
Oh, Pátria! A sanha, Brasil!
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