Minhas nuvens são espumas de champanhe,
Brindando com suas borbulhas efervescentes
Por aquilo que me encantou,
Brindo ao que não me pertence.
Na taça refinada debruçada a boca
Deslizando o liquido em seu interior,
Oh! Destilado delírio,
Que ao primeiro gole embebido
Na garganta as palavras deram um nó.
Porém a cada hausto, vai suavizando seu sabor,
E suas papilas adaptando-se ao meu desassossego.
Até que preencha com doçura e aromas todo paladar,
E nesse movimento das nuvens sem pressa de chegar
Levadas a qualquer direção, efeito do desejo.
Vejo-me nesse enleio balanço uma doce ilusão.
Vejo meus pensamentos flutuando neste céu frisante
De costumes e estrelas tão plurais e significantes.