Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Grilhões

 

Preso aos grilhões do passado
Que deixaram marcas nas mãos e pés
Preso aos grilhões do presente que não se consegue se libertar
E voar livre como um condor
Preso a um pensamento da infância
Enterrado em sonhos não realizados
Prisioneiro de sentimento que não pode ser revelados
Arrastando correntes pesadas por caminhos espinhosos
Grilhões da alma em conflito entre a matéria e a espiritualidade
Prisões escuras de noites como o breu
Grilhões que impedem de competir com a velocidade do tempo
Que a cada minuto galopa deixando
para trás pegadas no deserto de uma vida

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 164 - Setembro de 2018