Roselena Salgueiro Ruivo
Belém / PA

 

 

Desses amanheceres

 

 

Amanheceu meio cinza
Perolado...
No recanto do rio
Vi-me perdida em divagação
Tomei a canoa que inerte
Ouvia meu silêncio
Escancarado
Remei, rumando para a vida
Sentia- me triste naquele dia frio
Contrastando com a alegria do rio
Fazia-me falta todos os momentos
Não vividos contigo
Descompassada, vou agora seguindo o rio
Sentindo frio
Apegando-me no vazio da tua voz
Na tua chegada
Porque agora, no meu peito,
Já se fez madrugada...

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 168 - Fevereiro de 2019