João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

 

E já fui...

 

Eu já fui o que na vida andou perdido
Talvez aquele que nunca teve norte...
Eu já fui irmão do sonho e não tive sorte,
Já fui aquele crucificado, fui o dolorido...

Eu já fui sombra do cotidiano, esvaecido.
O qual o destino amargamente forte;
Destinará futuramente para a morte...
Alma de luto para sempre incompreendido.

Eu sou aquele que passa, mas ninguém vê...
Eu sou o que chamam de triste sem eu ser
Sou aquele que chorava sem saber o por quê ?

Eu sou talvez a visão que um alguém sonhou?
Um alguém que veio ao mundo pra me ver
Mas que nunca nesta vida me encontrou...

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 169 - Março de 2019