Ismar Carpenter Becker
Rio de Janeiro / RJ
Névoas do amanhecer
Encobrem a visão da realidade
Deixa dúvidas do que se vê
Névoas do amanhecer escondem um amor que marcou uma existência
Em que insiste ainda reviver o passado
Névoas do amanhecer culpam por não enxergar a realidade triste
Que tudo passa, a névoa se dissipa e o sol volta a brilhar
Entre nuvens alvas ou mal-humoradas
Descarregando lágrimas salgadas de saudade e angústia
Névoas ao amanhecer que turvam a visão da ansiedade
Névoa eternas em olhar já sem brilho
Pálpebras cansadas de piscar sinalizando o amor
Névoas ao amanhecer que se recusam a se dissipar em meio a bruna leve ao soprar na praia
Deserta onde só o barulho das ondas ao bater na areia fria
de um coração que ainda teima em bater.
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