Maria C. Feijó
Pelotas / RS

 

 

Ame a vida!

 

A doença assola o século
nas mentes congestionadas do não saber
O que rege são os órgãos e a vontade de viver
Que te fazes por não saber
É o fio da navalha na dor do sofredor
A perda te entristece - os desígnios estão traçados
Faze-te egoísta por não quereres entender
Amas a carne enquanto o espírito revigora
nas alturas para nos fortalecer
Não deixes que as toxinas invadam o teu viver
Não há renovação sem a perda do bem-querer
Ame a vida - não te queixes da morte
Nem todos conseguem desembrulhar o presente de Deus
Morte em vida - gestação sem cordão umbilical
A depressão é a transformação do sólido
ao volátil do crescer
A espiritualidade reside em nosso ser

 

 

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros - vol. 176 - Outubro de 2019