João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS
As vozes do mar...
Quando o sol ia caindo por sobre as negras águas
Num nervoso e tardio pôr do sol que foi intenso...
Mas de onde é que vem uma voz cheia de mágoas
Que às vezes até se entrelaça com o mar imenso?
Disseram-me que vinha de festas e de cavalgadas
Ou será que eram cavaleiros perdidos no fusco luar?
Disseram até que foram caravelas já encantadas...
Que atualmente repousam no teu seio a soluçar.
Será que ouço cantos de epopeias ou escuto anseios?
Será que escuto melodias antigas ou tristes receios?
Ou será mesmo o mar cheio de esperança, majestade?
Mas de onde vem essa voz que escuto, oh mar amigo?
Será a voz de um escritor que foi de alma sofrido
Ou será Camões que chora pela pátria numa saudade?
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