João Riél M. N. V de Oliveira Brito
Tunas / RS

 

 

 

As vozes do mar...

 

Quando o sol ia caindo por sobre as negras águas
Num nervoso e tardio pôr do sol que foi  intenso...
Mas de onde é que vem uma voz cheia de mágoas
Que às vezes até se entrelaça com o mar imenso?

Disseram-me que vinha de festas e de cavalgadas
Ou será que eram cavaleiros perdidos no fusco luar?
Disseram até que foram caravelas já encantadas...
Que atualmente repousam no teu seio a soluçar.

Será que ouço cantos de epopeias ou escuto anseios?
Será que escuto melodias antigas ou tristes receios?
Ou será mesmo o mar cheio de esperança, majestade?

Mas de onde vem essa voz que escuto, oh mar amigo?
Será a voz de um escritor que foi de alma sofrido
Ou será Camões que chora pela pátria numa saudade?

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "O amor será eterno novamente..." - Março de 2019