Elizabeth Maria Chemin Bodanese
Pato Branco / PR
Quando os anjos se encontram
Entardecia quando do alto do morro avistei,
Serenamente sobrevoando a Matriz São Pedro,
Um Ser difícil de descrever...
Com asas abertas passou de mansinho...
Como se fosse um anjo querendo algo dizer
A quem o entendimento jamais se pode esquecer.
Sábado, no fundo azul, entre as nuvens e o sol,
Quando a cidade parecia dormir... Tudo quieto...
Nem o vento se atrevia a soprar no momento
Em que a magnificante imagem se apresentou
A quem para o céu olhou e o mistério vislumbrou.
Nesse instante sublime,
Lembrei-me do abençoado Inacinho,
Menino que nasceu cercado por anjinhos...
Cresceu e calçou as sandálias de São Francisco
E o nome, Policarpo, adotou com fervor.
O jovem que cantava e no piano tocava...
Pregava sacerdotes para evangelizar...
Frei, professor, sonhador, rezava baixinho,
Já de madrugada, hospitais e casas abençoava...
Se algo era roubado, perdido, algum perigo,
Doenças ou possuído, rezava e tudo passava.
Ensinava a fazer remédios e a cuidar da saúde.
Extasiada, com a misteriosa cena no céu,
Ouvi no coração uma mensagem anunciada
Pela voz suave e bondosa do Senhor,
Da força da fé e do poder de Frei Policarpo,
Anjo, eterno protetor dessas colinas do Amor.
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