Teresa Cristina Cerqueira de Sousa
Piracuruca / PI

 

 

Uma estrela no céu

 

 

          Sploft!
        A pequena estrela abriu os olhos. O céu pareceu-lhe um mistério de luzes. Perto dela, havia uma constelação de grandes estrelas! E ela era tão pequena!        
          Você consegue se imaginar no meio de faróis? Se você é um minúsculo ponto de luz, seu brilho desaparece!
          Tantos e tantos pensamentos associados a localizações e a estar perdida lhe vieram... Pois não seria fácil de ser vista no hemisfério de estrelas onde se encontrava... Não poderia ser vista da Terra... Onde estava mesmo? A Via Láctea era grande, grande e muito, muito luminosa... E sua cor era tão somente um pontinho pálido no céu!...
          Os pensamentos eram tantos que fechou os olhos para não pensar.
          Splift!
           o dia, a noite, outras noites...
          A coloração da esfera celestial era branca, em outras ocasiões avermelhada...  As nuvens nebulosas chegavam e passavam... O tempo eram ventos de norte e sul... Surgiam nuvens de gases e poeiras se juntando e passando...
          Splif!
          A temperatura em torno da pequena estrela aumentou e lhe pareceu um vaivém constante de calor, passando em torno de si mesma, enquanto ganhava tamanho, como se o berçário estelar se espalhasse num colossal vento sem fim...

          Splift! Splift!
           A pequena estrela se expandiu
           Por todos os lados
           E se tornou gigante e vermelha!
           Olhe-a agora!

          Naquela noite, a estrelinha soube, então, que sua existência seria agora quente e colorida. E que muito, muito grande ela era. Ela seria uma estrela para se ver, se admirar e se recordar...! Afinal...

         Nos dias e noites
         Por todos os lados cresce
         A Via Láctea

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Contos ardentes" - Edição 2019 - dezembro de 2019