Alberto Magno Ribeiro Montes
Belo Horizonte / MG

 

 

A crucificação de Jesus

 

Três reis magos…
três presentes.
Três vezes o galo cantou…
três negativas de Pedro.
Três horas da tarde…
três horas de lenta agonia.
Por três horas o Céu se escureceu…
…três, sempre o três.
Sexta-feira da paixão:
-o  Cristo despojado de vestes
no “Local da Caveira.”
Três cravos (novamente o três)
a rasgar-lhe a carne e os ossos.
Ao lado de dois ladrões
viu o Sol se converter em trevas.
No alto daquele morro…
três tétricas cruzes.
Estando Maria - a imaculada mãe-
com Ele unida na cruz,
João, a seus cuidados entregou:
“Eis aí a tua mãe”.
E tendo sede, vinagre lhe deram…
“Deus meu, Deus meu,
por que me abandonaste?”
No auge de tanto sofrimento
um pedido ao Pai, então fez:
“Perdoai-os, eles não sabem o que fazem.”
Ao expirar, finalmente nas mãos do Pai
entregou seu espírito, dizendo:
“Tudo está consumado.”

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "E lá vem a esperança de novo..." - Fevereiro de 2019