Samuel Alencar da Silva
Capanema / PA

 

 

Poesia da saudade

  

Plantei um pé de saudade
No vaso que trago no peito
Queria esquecer o teu rosto
Confesso isso não tem mais jeito.

Adubei com tuas lembranças
E de todos os carinhos teus
Nunca esqueço aquele dia
Que todo teu amor me prometeu.

A saudade é uma grande posseira
Que sorrateira invade o teu coração
Não pede licença e é matreira
Quando você percebe, já atingiu seu pulmão

A saudade não é só amarga
Ela é ácida acre e travosa
Tem dias que vem como praga
Sem escrúpulo e cavernosa.

 

 

 

 

 

 
 
Poema publicado no livro "Outonais" - Julho de 2019