André Luiz de Oliveira Pinheiro
Rio de Janeiro / RJ

 

 

Guardada criança...

 

Feliz quem cresce e deixa em si acesa
Criança, um azeite em lampião
A iluminar de dentro a escuridão
Do Homem, semideus, na incerteza...

Feliz, muito feliz, leva a leveza
Da ave inocente a imensidão;
Ao livre voo, rompe-se um trovão,
Sabe voltar ao ninho com certeza...

E em beleza ascenda uma criança
Na madureza à estrada que avança
Ao horizonte além e de mãos dadas...

Feliz ainda mais quem no inverno
Da vida, leve o infante num caderno
Escrito, nas lembranças bem guardadas...

 

 
 
Poema publicado no livro "Versos achados numa noite perdida" - Abril de 2019