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Zulmar Pessoa de Lima Tamburu
São Paulo / SP

Como entender um poeta

 

Ele diz que a noite lá fora vem abraçá-lo
Outras vezes diz sentir frio
Muitas vezes fala da lua em seu maior esplendor
Outras vezes diz ver a lua chorar de dor
Às vezes fala do sol, do seu calor
Outras vezes vê o sol encoberto
E diz que é frio, que não entende sua dor
Há vezes em que vê as estrelas a cintilar
Outras vezes diz que elas passaram tão rápidas
Que morreram sem suspiro dar
Será que esse jeito de ver a vida o faz pensador?
Ou seus olhos buliçosos
Procuram centelhas sem encontrar?
Que coração sofredor!
Ele diz sentir várias dores ao suspirar
Chega até a lhe faltar o ar!
Mas não se percam em entender
É só seu jeito de sensibilizar quem os lê
Pois ele é um enigma a estudar
Porque ele chora se uma palavra não encontrar
Vá entender um coração tão cheio de amor
Que acorda no meio da noite para
Um poema escrever
Mas por uma palavra se põe a debater
Basta-lhe compreender um simples olhar
Para tudo recomeçar.

 

 

 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 132 - Janeiro de 2016