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Lucia Celeste V. Barbetta
Rio de Janeiro / RJ

 

Ferro

 

O ferro passa e desamassa.
O ferro bate, entorta e racha.
O ferro bate, degola e sangra.

É vitamina, rejuvenesce.
Quem leva ferro, saída rotina,
Desembaraça, salta pra cima.

Está presente em estruturas mirabolantes.
Levanta ao alto, prédios enormes,
Arquitetura impressionante.

O que é macio é relaxante.

O ferro empurra, alça a indústria.
Gera emprego.
Da vida aos carros e eletrônicos, mil aparelhos.

E no final ele enriquece e
Acaba dando muito sossego.

 

 


 
 
Poema publicado na Antologia de Poetas Brasileiros Contemporâneos - Volume 138 - Julho de 2016