Rozelene Furtado de Lima
Teresópolis / RJ
É pura inocência
Dar bom dia ao sol em todas as manhãs
À noite pedir bênção a boa fada madrinha
Receber a felicidade como se fosse vizinha
Crer que no paraíso só tinha pés de maçãs
Ter medo de passar embaixo das macieiras
E ver a serpente tentadora oferecendo o mal
Ter a certeza que tudo termina bem no final
Que a vida é fácil e tudo passa como poeira
É pura inocência
Achar que todas as pessoas são sem maldade
Unir a infância e inocência tal almas gêmeas
As meigas deusas e cândidas futuras fêmeas
Fazer o “mea culpa” independente da vontade
Ouvir as asas dos anjos abanando o bom sono
Confundir a inocência com a filha da esperança
E prima irmã de leite alimentada na confiança
E que quem é bonzinho recebe sempre um abono
É inútil porque...
As folhas de outono são seduzidas pelo vento
As inocentes são presas fáceis de enganar
A crueldade atrai a inocência para se saciar
Encontra um brinquedo para seu divertimento
Inocência e ingenuidade são sempre iludidas
Ingênuos creem em tudo e são inconsequentes
A inocência não reconhece culpa é inexperiente
São personagens principais do espetáculo da vida
|