Antonio Laurentino Sobrinho
São Paulo / SP
Numa manhã de quarta-feira
Manhã de quarta-feira, céu nublado e dia frio. A rua estava deserta e eu triste e solitário. O dia não passava. Era tedioso.
O vento uivava nos meus ouvidos, eu olhava para o relógio e as horas pareciam não passar. Foi quando, de repente, olhei e eis que você estava na minha frente. Me deu um lindo sorriso de bom dia e perguntou-me se tudo estava bem. Naquele instante eu senti minhas pernas tremerem a minha respiração fugiu; fiquei sem atitude naquele momento.
E mais uma vez o seu sorriso, como o sol, tornou a brilhar para mim, e seus lábios umedecidos e carnudos me faziam delirar.
Eu olhava o brilho dos teus cabelos longos e negros e desejava embolar neles o meu lindo sonho de amor.
E de repente você se aproximou de mim, me abraçou e naquele momento eu senti o pulsar do seu coração em meu peito e seu perfume me embriagou de amor e prazer.
Então nos beijamos e selamos naquele momento o nosso grande sonho de amor. E assim foi, lindo, por muitos anos até que um dia uma grande fatalidade separou você de mim.
Hoje eu vivo aqui solitário, vivendo das grandes lembranças que você deixou em mim e a cada quarta-feira que surge à minha lembrança, minha saudade de você aumenta ainda mais.
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