Gustavo Barco Hernandez
São José do Rio Preto / SP

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Noite fria, chuvosa, que trança o desejo
Transforma em vulto a existência já decomposta
Vê o limite da mediocridade humana
Que se manifesta na ponta dos dedos

Dedos de alma perdida, de vidas alegres
Quanta falsidade pode ter n’um morfema?!
Ser humano é ser livre, preso, dependente
Ser alomorfe de sentimento latente

Dedos flexionados te subtraem com o tempo
Deixando seco o que já era deserto. Zero!
Antes apenas quadrados; agora dominantes
E o câncer devora sua alma lentamente

Para! Por um minuto consegue a chave d’alma
Para, de achar que, aventura que se traz com sonho
Pra tolos cega verdade indefinida
Pra quem pensa, resta a solidão da palavra

Dor!