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Jorge Braga da Silva
Peruíbe / SP

 

A primeira flor da Pangeia

 

Os mais vorazes predadores
autodenominados humanos
sequer rascunho eram de algum plano
nas antigas eras há milhões de anos

As rudes razões naquela antiga Terra
naquele brutal jeito de ser
Imaginar - como poderiam?
Que suas carnes, raivas, garras
para existir dependeriam
da suave delicadeza de um ser
que, um dia, chamariam flor?

Flor. Flor primeira da Pangeia
Pequenina e insignificantemente bela
Te imagino, em coração, serena
Pois o limite da mente não te faz ideia plena
da tua glória iridescente
raiando sob a luz do Sol na selva

Flor. Flor primeira da história
Filha de alguma verde folha
com DNA da beleza aleatória
descobriste que ser suave rosa
torna-te guerreira poderosa

Entre troncos ásperos e espinhos duros
açoitada por chicotes de volúveis ventos
intrépida pioneira, solitária e única
mudaste - para sempre - o nosso mundo

 

 

 

 


 

 

 
Poema publicado no livro "De Verso em Verso" - Edição Especial - Abril de 2015