Mamede Gilford de Meneses
Itapipoca / CE

Ruiu sobriamente nossa cabana

E a turma da prosa
Impôs-me a falar
Sobre o que se foi
Outrora e ainda me arde
Sem piedade o coração.

Vazou-me então um episódio:
Era fim de tarde quando
Ruiu sobriamente nossa cabana,
Salvo melhor juízo levando consigo
O amor imune a censura que nos nutria
Soberbamente a esperança

Pontuada na expressão de afeto,
Respeito e muita harmonia
Oxalá, ocultada e plenamente
Incorporada aos egos
Benditos das nossas mentes:
Inconscientes e conscientes,
Doadas pelo ser supremo;
O mesmo que fecundou
Sabiamente os elementos dos universos.