Renato Leandro Gomes de Oliveira
Jacutinga / MG

Som da chuva

E das escuras nuvens brota água
Com elas o vento vem cantar
As árvores dançando e comemorando
Os pingos pingando o chão vêm molhar

Estranha melodia do dia de chuva
Os pássaros se calam pra sinfonia ouvir
O som me parece com uma luva
Que o silêncio, vem vestir

E como uma pausa dramática
Tudo silencia, no mar de dúvida
E a pausa da sinfonia harmônica
Se segue de uma enorme ferida
Com os céus gritando no trovejar

Uma enorme massa escura e plácida
Cobre as imensidões azuis
Relâmpagos imensos e ácidos

Belíssimo espetáculo da natureza
Belíssima graça que nos cobre hoje
São as intempéries da grande incerteza
Que marcam nossa vida de perto ou longe.