Antonio Laurentino Sobrinho
São Paulo / SP

A deusa da montanha

Numa manhã de primavera
A deusa em visita ao paraíso terrestre
E a serra da bocaina que estava quase sem vida
De repente rejuvenesceu

Com seus pezinhos de uma deusa
Ela massageava a montanha
Que adormecida despertava
Com suas doces carícias
Seus lindos olhos vagavam
Por sobre a montanha que sorria
por aquela ilustre visita
A serra roga ao sol para ele aparecer
Para que ela pudesse florescer

E quando será que outra vez
Seus pés de princesa por aqui hão de passear
E quando será que verei
Seus olhos lindos a brilhar

Volte de pressa estarei a te esperar
E com os seus pesinhos
Venha me acariciar
Dizia a montanha num breve sussurrar

E assim a deusa se foi
E meus olhos contentes
Acompanhavam o seu balançar
No compasso delicado do seu caminhar